sexta-feira, 5 de junho de 2009

Vai que é tua, RYU

Lembro-me da minha infância, em que eu pensava que poderia ser uma grande craque do futebol. Nas competições da escola, eu costumava ter um desempenho razoável, nunca fui a estrela do time, sempre estive bem longe disso, por sinal. Com o tempo, eu fui afeiçoando-me pela temida função de defesa e como ninguém queria essa responsabilidade e almejava seus quinze minutos de fama como "goleadora", meu espaço como goleira estava sempre garantido. Assim, consegui fugir do banco e angariar a posição de titular.

Os anos passaram e o futebol foi ficando de lado, durante todo o ensino médio, não quis saber de jogar os campeonatos do colégio e sempre fugia das aulas de educação física que envolviam atividades com bola. Futebol para mim só em ocasiões "não-oficiais", em que o caráter amador ficasse explicitamente claro. Fora isso, eu morria de vergonha.

Ano passado, influenciada jornalisticamente, resolvi aventurar-me novamente pelo futebol. Na tradicional Copa Paulo Francis / Copa Patrícia Poeta, formada por times do curso de Jornalismo da UFPE, dei uma grande contribuição ao meu time, RYU (em homenagem ao nosso ídolo do Street Fight), ganhamos o desejado ouro com uma vitória de três a zero sobre o time favorito.

Este ano, aproveitando o fato que todas as jogadoras preferem ficar na linha, assumi para mim a responsabilidade de goleira oficial da equipe, unindo o útil ao agradável, afinal eu realmente prefiro ficar na defesa. Assim tem sido a copa para mim, um momento de superação, em que eu preciso "agigantar-me" diante de uma imensa barra para estar à altura das minhas companheiras de time.

Das três partidas que jogamos — sim, uma copa feminina de verdade! — obtivemos vitória, empate e derrota, um infeliz histórico decrescente ocasionado por eventuais falhas que estamos dispostas a corrigir. E graças ao nosso saldo de gols e ao resultado do jogo de outros times, foi-nos dada uma nova chance, a vaga na final, e pretendemos honrá-la.Amanhã é o dia da grande decisão, independente do resultado do jogo, estou convicta de que terei (sempre) ao meu lado uma grande equipe disposta a suar muito a camisa para erguer o troféu. Espero que este último jogo seja tão limpo quanto foram todos os da Copa Patrícia Poeta e que o respeito impere no gramado, porque rivalidade não significa ofensa, nem briga. Afinal, como minha mãe sempre me ensinou, o importante é competir.

2 comentários:

Nathalia disse...

VAMO NESSA, CHUN-LIIISS!!!
RUMO AO BI!

Mai Melo disse...

Quando eu era pequena, arrasava jogando bola com meu irnão. Depois a escola me treinou que isso era coisa de menininho e eu deveria jogar volei ou handball. Sou pequena, opção dois. Joguei uma temporada, com competições oficiais em outros colégios, mas nunca gostei muito. Sempre saía arranhada, machucada, dolorida. Então, Ivy quebrou um dedo numa das partidas. Fez cirurgia, mas ele ficou com sequelas para sempre. Estava aí minha libertação. Larguei o handball. Quando cheguei em Recife, o futebol foi retomado. A Educação Física possibilitava um mês para cada esporte. E aí veio o problema. Eu sempre tinha crises de riso durante os jogos. Algumas vezes precisei mesmo sentar no chão para não fazer xixi. Não nasci com genes esportivos, ou, se nasci, meu irmão fez uma mandinga para que todos fossem pra ele, porque ele é fera. Fico melhor na torcida, e nela me entrego completamente. Ainda mais quando é CPF e em jogo está o escrete cinzento com vermelho ou rosa. Nessa final, prometo toda força que puder. Acredito de verdade em ambos. Arrasa hoje, goleirinha. Arrasa que estarei gritando por você.
: )

Beijo, Gabis.