quarta-feira, 14 de maio de 2008

"As mulheres querem tê-lo, os homens querem ser ele"

Francis Albert Sinatra nasceu em Hoboken, New Jersey, em 12 de dezembro de 1915. E, faleceu em Los Angeles, 14 de maio de 1998. Possui duas estrelas na Calçada da Fama, uma por seu trabalho no cinema e outra por seu trabalho na TV americana.

Frank Sinatra, filho de um bombeiro de origem italiana, foi um dos mais populares artistas e músicos do mundo. Hoje, 14 de maio, faz 10 anos da sua morte. Uma das suas esposas foi aquela que ficou conhecida como o "mais belo animal do mundo" - Ava Gardner. Atuou em filmes como: (1953) - A um passo da eternidade (From here to eternity) onde ganhou o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante, e também, o Globo de Ouro de Melhor Ator Coadjuvante. E em (1960) trabalhou em - Onze homens e um segredo (Ocean's Eleven), dentre outros. Além das suas atuações, quem não se recorda no mínimo de uma das suas brilhantes interpretações como cantor?
Seja em, As Time Goes By, canção símbolo do filme Casablanca (1942):


Seja em, My Way, canção que se tornaria "marca registrada" da sua personalidade. Visto que "Blue Eyes" como era conhecido, tomava decisões que ninguém ousava questionar.


Outra canção também inesquecível é New York, New York. Música que recebe o nome do filme do premiadíssimo cineatra Martin Scorsese, e que continha no elenco nada mais, nada menos, que Liza Minnelli e Robert De Niro. E claro, a interpretação do brilhante Sinatra.


E por fim, vale lembrar, que nosso cantor homenageado, também conhecido como "The Voice", se encantou pela nossa Bossa Nova. E em 1967, juntamente, a outro gênio, Tom Jobim, canta o estilo "tupiniquim" admirado e ouvido mundo a fora. Irônia do destino, a Bossa Nova, é um estilo musical genuinamente brasileiro, que a população em geral desconhece. Nossa desigualdade é multi-facetada e se mostra de várias maneiras pela realidade social.


É óbvio que há outros grandes sucessos que levam a marca de Frank Sinatra - Strangers In The Night, I've Got You Under My Skin. No entanto, não estou procurando realizar uma biografia ou discografia, apenas uma homenagem para aquele que não pode, e nem deve, ser esquecido pelas futuras gerações. Tarefa difícil, porém, não impossível. Homenagem mais que válida, pois mesmo depois de 10 anos, ele ainda é um dos maiores intérpretes ouvidos da música pop clássica americana.
Obs.: o título do post foi proferido pela atriz estadunidense Shirley MacLaine.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

EM HOMENAGEM AOS 103 ANOS DO SPORT CLUBE RECIFE


HISTÓRIA - A origem do Sport é semelhante à de alguns clubes brasileiros. Um recifense, Guilherme de Aquino Fonseca, voltou de seus estudos na Inglaterra, onde conheceu o futebol. Encantado com o novo esporte, ele trouxe a modalidade para sua terra e, junto com outros 22 amigos, fundou o clube ao meio-dia do dia 13 de maio de 1905, no salão da Associação dos Empregados do Comércio do Recife, tendo como primeiro presidente Elysio Alberto Silveira.
O fato também pode ser interpretado como o início do esporte bretão em Pernambuco, já que não se tem notícia nem registro de manifestação do futebol anterior ao Sport - o Clube Náutico Capibaribe surgiu em 1901, mas como clube de remo. O primeiro jogo aconteceu quase um mês depois, no dia 22 de maio, no campo do Derby. Os rubro-negros enfrentaram o English Eleven, time formado por funcionários de companhias inglesas do Recife. Com muita raça, o time local arrancou empate por 2x2.
O time disputou amistosos até 1916, quando estreou no Campeonato Pernambucano - cuja primeira edição realizara-se no ano seguinte. E a primeira empreitada foi em grande estilo. Os rubro-negros conquistaram o primeiro de seus 37 estaduais, com uma goleada de 4x1 em cima do Santa Cruz, no dia 16 de dezembro. A dose seria repetida no ano seguinte, novamente diante dos tricolores, com vitória por 3x1.
Em 1919, o Sport realizou sua primeira excursão e que mudaria para sempre a imagem do clube. A delegação rubro-negra foi ao Pará para uma série de jogos. No último deles, contra um combinado Remo-Paysandu estava em disputa o troféu Leão do Norte.
Certos da vitória, os paraenses reagiram com fúria à derrota por 3x2. Depois de muita pancadaria, um torcedor local invadiu o navio em que a delegação retornava para o Recife e, com um cano de ferro atingiu o troféu, danificando a cauda do Leão.
A conquista heróica fez com que a diretoria alterasse o brasão do clube. Antes era uma âncora com um salva-vidas ladeado por um par de remos e, no centro do salva-vidas um pau de críquete, uma raquete de tênis e uma bola de futebol. Em cima, a data de fundação. Para completar, as cores não eram as do clube (vermelha e preta) e sim vermelha e amarela. Armando Vieira dos Santos insipirou-se nas armas escocesas para adotar o leão no novo escudo.
Coincidência ou não, a partir daí o Sport cresceu a passos largos, tendo conquistado seu primeiro tricampeonato em 23/24/25 e a aquisição do terreno de sua sede, no dia 29 de novembro de 1935. Foram pagos 53 contos de réis pela Chácara da Ilha do Retiro. Dois anos depois, o estádio da Ilha do Retiro, mais tarde oficialmente Adelmar da Costa Carvalho, foi inaugurado com uma partida eletrizante, em 4 julho. O Sport venceu o Santa Cruz, por 6x5, com o gol da vitória anotado por Haroldo Praça - pai do atual vice-presidente do Leão, Sílvio Guimarães.
Em 1941, o time da Ilha fez outra vitoriosa excursão, desta vez pelos estados Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Pela primeira vez um time do Norte/Nordeste empreendia tal feito. Em 16 jogos foram 11 vitórias, dois empates e quatro derrotas. Nada menos que seis atletas foram contratados por clubes cariocas, entre eles, Ademir de Menezes, que foi para o Vasco e depois tornou-se artilheiro da Copa de 1950, com nove gols, sendo, até hoje, o maior matador brasileiro numa única Copa do Mundo.
Em 1955, o clube chegou aos seus 50 anos com a conquista do Pernambucano, onde se destacavam o zagueiro Bia, o médio Eli e o atacante Traçaia, maior artilheiro rubro-negro, com 201 gols. Em 1957, nova excursão, desta vez para a Europa, onde o Leão conquistou vitória sobre a seleção de Israel, da Turquia e o Fenerbaçhe.

JEJUM - Mas como toda história gloriosa, a saga leonina também tem tristezas no meio. Após o bicampeonato (61/62), o clube entrou em seu maior hiato de conquistas. Foram amargos 12 anos em que os rubro-negros assistiram, impotentes a um hexacampeonato do Náutico (63/68) e um penta do Santa (69/73). O alívio veio em 1975, com uma vitória sobre o Náutico em pleno Eládio de Barros Carvalho.
A partir daí, o Leão oscilou bons e maus momentos em sua caminhada, mas o ponto alto deu-se em 1987 com a maior conquista da agremiação. Com um regulamento confuso que fez a competição terminar apenas no ano seguinte, o Sport sagrou-se campeão brasileiro depois de dois jogos com o Guarani e um sem-número de embates jurídicos - a questão foi bater até no Supremo Tribunal Federal, que homologou a conquista rubro-negra.
Depois do pentacampeonato, conquistado em 2000, o Leão entrou numa crise política, com dois grupos digladiando-se durante quase dois anos e suas conseqüências quase levando o clube à Terceira Divisão - chegou bem perto em 2004 e 2005, ano do centenário. A recuperação iniciou-se em 2006, com o retorno à Série A depois de cinco anos. Hoje, o Sport vive uma expansão de seu patrimônio caminhando lado a lado com bons resultados no futebol - atualmente é tricampeão estadual.
Fonte: http://jc.uol.com.br/tvjornal/2008/05/12/not_153170.php

Programação de Aniversário

06:00 - ALVORADA RUBRO-NEGRA - SPORT
15:00 - ENTREGA DA REVITALIZAÇÃO DAS ARQUIBANCADAS - PÁTIO EXTERNO DO ARCO
16:00 - ENTREGA DO MASTRO RUBRO-NEGRO - ENTRADA DO ARCO18:00 - DESCERRAMENTO DO BUSTO DA MULHER-MÃE, TORCEDORA SÍMBOLO DO SPORT
18:30 - MISSA EM AÇÃO DE GRAÇAS - NICHO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA
19:45 - EXECUÇÃO DO HINO NACIONAL, DE PERNAMBUCO E DO SPORT - SALÃO SOCIAL
20:00 - SESSÃO SOLENE DO CONSELHO DELIBERATIVO- SALÃO SOCIAL
APÓS A SESSÃO SOLENE - FESTIVAL PIROTÉCNICO - PÁTIO EXTERNO DO CLUBE
APÓS A SESSÃO SOLENE - CORTE DO BOLO COMEMORATIVO - SALÃO SOCIAL

In: http://www.sportrecife.com.br/ver_destaque.php?id=660

Obs.: este texto não tem nada a ver com Gabriela. Palavras dela, “deixa, antes, bem claro que não se trata de provocação e que eu não tenho nada a ver com o conteúdo”.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Maio de 1968.

Por ocasião dos 40 anos do maio/68.
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“SEJAMOS REALISTAS, QUE SE PEÇA O IMPOSSÍVEL”, com esta frase um companheiro, deu início ao seu discurso, naquele dia pacato em Paris. Confesso ter ficado bastante entusiasmada com a idéia de poder pedir o impossível e, ainda assim, ser considerada realista. Era um tempo em que proibir era proibido, nós queríamos abraçar o mundo e transformá-lo num lugar melhor, mais justo. Lembro-me que esse companheiro proferiu tal frase com olhar distante, parecendo querer esta causa com todo o seu âmago; emocionei-me, estava, confesso, assustada com tudo o que estava ocorrendo e com medo do que estava por vir. Meus pais haviam impedido a minha ida à luta; eu fingi concordar, no entanto, mesmo extremamente assustada, deixei o ideal tomar conta da minha alma, não hesitei, junto aos amigos, resolvi participar intensamente desse "acontecimento revolucionário mais importante do século XX".
Hoje acordei lembrando daquele "episódio" de outrora, senti-me bastante orgulhosa e contei a meus netos essa difícil "aventura". Olhei para cada um deles, enquanto falava, observei cada expressão. Eles escutavam-me atentamente e entreolhavam-se em alguns momentos. Posteriormente, tentando descobrir o que minha história representava para eles, afinal eles são de outra geração bem distante daquela, para minha consternação, a sala virou uma grande galhofa. Eram três rapazes rindo da história da avó, diante da própria. Passei a vida, confesso, sendo considerada meio louca, em vários sentidos e por motivos diversos, enfim, não levaram muito a sério o que os contei. Almoçamos e cada um retornou a sua respectiva casa. Eu cá com meus bordados comecei a pensar e a cotejar o mundo da minha época e da época deles, perorei que falar em ideais, luta idealista e em impossível ser possível havia tornado-se, para muitos desta vigente sociedade, anacrônico. Com a conclusão em mente, perguntei-me, introspectivamente: Netos, o que dirão, vocês, ter feito de útil para a humanidade?

*Texto ficcional.
**Postado neste mesmo blog em 06/jun/07.