Pela sexta vez este ano, o presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) desembarcou em Pernambuco nesta sexta-feira (27). Além das inaugurações de obras nas cidades de Caruaru e Ipojuca (Suape), a visita teve caráter político, com a realização de comício no Centro do Recife. No palanque, a candidata à presidência, Dilma Rousseff (PT), e demais políticos da Frente Popular - Eduardo Campos (PSB), candidato à reeleição como governador, Humberto Costa (PT) e Armando Monteiro Neto (PTB), postulantes ao Senado, além de deputados estaduais e federais. Alardeada pela constatação de que essa, provavelmente, é a última aparição de Lula no Estado como Presidente da República e instigada pelo entrave histórico entre Eduardo Campos e o candidato pela coligação Pernambuco Pode Mais, Jarbas Vasconcelos (PMDB), fui ao comício. Lá pude perceber a força política de Lula na emoção das pessoas, todas disputando espaço para ver, ao menos de relance, o presidente. Claro que também havia os militantes de última hora - contratados para balançar bandeiras e distribuir santinhos -, mas era possível distingui-los dos verdadeiros petistas, que pareciam maioria. Esses enlouqueciam a cada frase proferida em favor do líder do PT, que chegou ao Marco Zero com semblante bastante cansado. Em oposição à idéia de que os brasileiros são apáticos com a Política, vi eleitores - conscientes ou não - tão envolvidos com o comício que, num momento de distração, logo pensaria estar em mais um tradicional show no Centro do Recife. Lula, num tom característico, criticou a oposição ("picaretas"), pediu apoio para os candidatos da Frente Popular e disse que só com Dilma o Brasil continuará a crescer. A candidata, por sua vez, discursou em tom diverso, pareciam falar para públicos distintos, ainda que estivessem em sintonia. Apesar dos empurrões, a experiência de presenciar um comício foi importante, pude perceber a reação das pessoas aos discursos e o apelo dos políticos, que, do palanque, coordenavam o movimento das bandeirolas hasteadas no meio da multidão.
sábado, 28 de agosto de 2010
Nossa!
De um tempo para cá, tenho me dado conta do quanto eu ando refletindo acerca das minhas concepções. Digo, mais especificamente, em âmbito "sentimental", ainda que a angústia no plano profissional tenha sido cada vez mais latente. Acredito que em cerca de dois anos diversos pontos de vista que eu possuía a respeito das relações e dos sentimentos sofreram significativa mudança. O processo de reflexão foi desencadeado por uma sucessão de acontecimentos, em geral, negativos, caso se realize uma análise superficial deles. Em contrapartida, essa explosão de pensamentos também foi inspirada em momentos muito descontraídos, tipo conversas de mesa de bar. Papos que, talvez, nem tivessem relação direta com "relacionamentos", mas que me fizeram até conhecer mais sobre mim mesma. Uma discussão sobre Forró, por exemplo, gerou esse tipo de descoberta. Nesse fervilhão de questionamentos que ocupa minha cabeça, percebo que tenho assumido uma postura diferente em relação aos sentimentos. Desde algum tempo, carrego um ideal bastante fixo acerca de determinados assuntos nesse mote, sobre os quais eu não conseguia atinar para uma segunda via. Contudo, depois de experiências próprias e diálogos alheios, fui assimilando novos pensamentos e adquirindo um posicionamento distinto do de outrora. Ainda mantenho muitas das minhas convicções, mas hoje me vejo mais disposta à aceitação e até à assimilação de pensamentos que, anteriormente, eu não entendia nem aceitava. É certo que a mudança não é instatânea, trata-se, contudo, de um processo natural e que ocorre gradualmente e parece trazer o bem. Não sei se é a influência de Ingrid, se tem a ver com os filmes de Woody Allen (vide o clássico Annie Hall e o recente Tudo Pode Dar Certo) e ou sei lá, mas estou em vias de balancear razão e emoção de maneira mais eqüitativa.
domingo, 15 de agosto de 2010
Sábado à noite
Crianças são realmente hilárias, sempre surpreendem. Depois de me proporcionarem intensas gargalhadas com minhoca X minhoca X minhoca, hoje minhas primas me trouxeram graça outra vez. Ao voltar às 13h de uma noitada de sábado regada a muitos litros de cerveja e todo o resto que vem como conseqüência do álcool, desabei na cama - onde, por sinal, estou até agora. Eis que a campanhia toca, eram elas para visitar-me. Ao entrarem no quarto, perceberam meu estado de eliminação, e logo questionaram:
- Bibi, tás cansada, é?
- Muito.
- Ficasse até tarde assistindo Criança Esperança, né?
- Hã?
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