Nem as discussões entre Dunga e a Globo, muito menos o som das vuvuzelas, o que está me irritando nesta Copa são os apostadores de bolão. Mesmo com algumas copas na "bagagem", ainda não consigo conceber as pessoas torcendo para o Brasil parar de marcar gols ou até mesmo para Júlio César não conseguir realizar alguma defesa. Tudo isso para não errar o placar apostado. Domingo foi exatamente assim. Enquanto assistia à segunda partida da seleção na África, observei muita gente mudar de torcida para garantir a pontuação no bolão; de brasileiros passaram a costa-marfinenses de última hora. Não apostaram que a defesa do Brasil sairia ilesa daquele certame. E não saiu, Drogba diminuiu o placar no segundo tempo (34') com um gol de cabeça. Os apostadores foram ao delírio, haviam acertado o placar final (3X1). Contudo, no dia seguinte, não faltaram lamúrias dos que não contavam com três gols do Brasil. "Luís Fabiano matou a bola com a mão, o segundo gol devia ser anulado!", comentavam nos corredores. Claro que a polêmica procede, mas esse comentário não soa natural aos meus ouvidos. Com que freqüência um torcedor, sobretudo, brasileiro xinga o juiz porque o gol do seu time foi validado? Logo desconfiei e, em seguida, confirmaram. Haviam apostado no dois a um para o Brasil. Os bolões estão invertendo a lógica do futebol, da torcida. O sucesso do time deixou de ser tão importante, vale mais subir posições no ranking do bolão. Uma lástima. Felizmente, ainda apostam no hexa.
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