Mesmo com dezenas de páginas para ler, eu não tenho dispensado um cineminha à noite. Só esta semana — que ainda está na metade —, fui ao cinema duas vezes. Na última segunda-feira, assisti a A verdade nua e crua (The ugly truth) e ontem foi a vez do infantil Tá chovendo Hamburguer, (Cloudy with a Chance of Meatballs), ambos produções do cinema estadunidense. Além da coincidência no país de origem — algo não muito improvável, tendo em vista a grande produção cinematográfica dos Estados Unidos —, a temática dos filmes assemelha-se no tocante ao mote televisivo que ambos apresentam em seus roteiros.
Em A verdade nua e crua, a busca pela audiência leva a produtora Abby Richter (Katherine Heigl) a infringir seus princípios e aceitar as idéias malucas do apresentador Mike Alexander (Gerard Butler). Ele tem uma teoria bastante controversa acerca do mundo masculino, que, como sugere o poster do filme, está mais interessado em sexo e não liga para sentimentos. Mike é considerado, por Abby, um grande machista, mas com suas dicas "preciosas", ela conquista um verdadeiro gentleman e percebe que as teorias do apresentador fazem algum sentido.
O filme — não surpreendentemente — é repleto de clichês das "comédias românticas norte-americanas" e dos ensinamentos de livros de auto-ajuda, inclusive a impressão que se tem ao assisti-lo é de estar lendo algo como Por que os homens fazem sexo e as mulheres fazem amor? E claro, o desfecho do longa-metragem não poderia ser mais óbvio. Com toda a carga de elementos negativos do filme, contudo, considero-o uma boa pedida para um fim de noite despretensioso, pois dispõe de certa graciosidade.
Acerca da proposta de Tá chovendo Hamburguer — adaptação de livro infantil escrito pelos próprios roteiristas do filme, Judi Barret e Ron Barrett — é possível tecer comentários mais positivos. Com produção da Sony Pictures, o filme estreou no último fim de semana e já lidera as bilheterias brasileiras, tendo, inclusive, superado o público de Up - altas aventuras, grande aposta dos estúdios Disney / Pixar para este ano.
Assinado por Phil Lord e Chris Miller, que também dirigiram Shrek Terceiro (Shrek the third), o longa conta a história do cientista bem intencionado Flint, capaz de fazer chover comida na sua cidade. Na tentativa de mudar a rotina dos moradores — que, há anos, alimentam-se exclusivamente de sardinha, — ele cria uma máquina para converter a água das nuvens em deliciosos lanches e guloseimas. A cidade inteira comemora a invenção de Flint, que passa a ser ícone do lugar e alvo dos interesses do ambicioso prefeito.
Com a mirabolante invenção, Flint fica a mercê dos desejos gastronômicos dos cidadãos, que exigem cada vez mais da máquina. A situação modifica o comportamento do clima e traz sérias conseqüências para a cidade. Tal fato atrai a cobertura da mídia, que no filme é representada pela (quase) jornalista Sam Sparks, estagiária de uma emissora de TV. Sam, à princípio vista como destrambelhada pelo âncora do telejornal, revela-se uma "nerd" que entende tudo sobre os fenômenos meteorológicos e a invenção de Flint; ou seja, alguém capaz de ajudá-lo na recuperação da normalidade do lugar. E, claro, ela é a mocinha da história por quem Flint vai nutrir certa paixão.
Mundo infantil à parte, uma visão atenta do filme revela um tom de crítica do roteiro à sociedade vigente — que tendendo ao consumo exagerado e à exploração do Meio Ambiente sofre, hoje, com o aquecimento global e as suas conseqüências. Uma inteligente e bem sucedida metáfora da situação do mundo atual que soa como Uma verdade inconveniente destinado ao público infantil. Uma boa sugestão para o Dia das Crianças que se aproxima.
Em A verdade nua e crua, a busca pela audiência leva a produtora Abby Richter (Katherine Heigl) a infringir seus princípios e aceitar as idéias malucas do apresentador Mike Alexander (Gerard Butler). Ele tem uma teoria bastante controversa acerca do mundo masculino, que, como sugere o poster do filme, está mais interessado em sexo e não liga para sentimentos. Mike é considerado, por Abby, um grande machista, mas com suas dicas "preciosas", ela conquista um verdadeiro gentleman e percebe que as teorias do apresentador fazem algum sentido.
O filme — não surpreendentemente — é repleto de clichês das "comédias românticas norte-americanas" e dos ensinamentos de livros de auto-ajuda, inclusive a impressão que se tem ao assisti-lo é de estar lendo algo como Por que os homens fazem sexo e as mulheres fazem amor? E claro, o desfecho do longa-metragem não poderia ser mais óbvio. Com toda a carga de elementos negativos do filme, contudo, considero-o uma boa pedida para um fim de noite despretensioso, pois dispõe de certa graciosidade.
Acerca da proposta de Tá chovendo Hamburguer — adaptação de livro infantil escrito pelos próprios roteiristas do filme, Judi Barret e Ron Barrett — é possível tecer comentários mais positivos. Com produção da Sony Pictures, o filme estreou no último fim de semana e já lidera as bilheterias brasileiras, tendo, inclusive, superado o público de Up - altas aventuras, grande aposta dos estúdios Disney / Pixar para este ano.
Assinado por Phil Lord e Chris Miller, que também dirigiram Shrek Terceiro (Shrek the third), o longa conta a história do cientista bem intencionado Flint, capaz de fazer chover comida na sua cidade. Na tentativa de mudar a rotina dos moradores — que, há anos, alimentam-se exclusivamente de sardinha, — ele cria uma máquina para converter a água das nuvens em deliciosos lanches e guloseimas. A cidade inteira comemora a invenção de Flint, que passa a ser ícone do lugar e alvo dos interesses do ambicioso prefeito.
Com a mirabolante invenção, Flint fica a mercê dos desejos gastronômicos dos cidadãos, que exigem cada vez mais da máquina. A situação modifica o comportamento do clima e traz sérias conseqüências para a cidade. Tal fato atrai a cobertura da mídia, que no filme é representada pela (quase) jornalista Sam Sparks, estagiária de uma emissora de TV. Sam, à princípio vista como destrambelhada pelo âncora do telejornal, revela-se uma "nerd" que entende tudo sobre os fenômenos meteorológicos e a invenção de Flint; ou seja, alguém capaz de ajudá-lo na recuperação da normalidade do lugar. E, claro, ela é a mocinha da história por quem Flint vai nutrir certa paixão.
Mundo infantil à parte, uma visão atenta do filme revela um tom de crítica do roteiro à sociedade vigente — que tendendo ao consumo exagerado e à exploração do Meio Ambiente sofre, hoje, com o aquecimento global e as suas conseqüências. Uma inteligente e bem sucedida metáfora da situação do mundo atual que soa como Uma verdade inconveniente destinado ao público infantil. Uma boa sugestão para o Dia das Crianças que se aproxima.
2 comentários:
cineminha é bom
Sempre.
Abraços,
Gabriela
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