terça-feira, 25 de agosto de 2009

RefletiNDO

Recebi muitas informações hoje. Umas burocráticas e outras sentimentais. Falarei primeiro das burocráticas porque vieram primeiro, porque escrevi muito sobre sentimentos esses últimos dias e porque não quero fazer deste post que está surgindo enquanto digito essa e essa outra e mais essa palavra um diário sentimental. Não que isso seja, necessariamente, ruim, mas não criei este blog (só) para isso. Enfim, à burocracia. Na tarde de hoje, aprendi um pouco mais sobre o mundo burocrático do lead. Nossa, nada mais burocrático (!). E repito "burocrático" de novo porque, também hoje, ouvi dizer que, para Marcuschi, não existem sinônimos. Então, se você pensa em uma palavra, use-a, pois é ela que você quer dizer e, assim, não poderá substituí-la. Espero que eu tenha compreendido bem o que escutei sobre Marcuschi Continuando. Como um sujeito pôde inventar algo tão... tão... tão burocrático?! Não sei. De qualquer forma, volta e meia pergunto-me se a inserção do lead nas redações não desgraçou o Jornalismo. Não tem tempo para ler o bê-a-bá? Então se contente com os vinte minutinhos do telejornal (!). Afinal, não facilitam a vida do jornalista, então por que cargas d'água ele vai facilitar a vida do leitor com pistas do que está por vir? Nossa! Hoje acordei meio radical. Existe essa no Orkut? Voltando (com gerúndio mesmo porque isso não é jornal) à burocracia... Aprendi, na aula, que começar um texto com "Na manhã de ontem" envelhece a notícia. Mermão, mas ela não já é velha mesmo? Que conversa de gente maluca (!). Preocupar-se com o "teria matado" ninguém se preocupa. É nessa horas que reflito se não deveria ser médica, como sugeriu Geraldo Freire. De qualquer forma, achei fantástico discutir, na mesma aula, como o uso de pequenas palavras num texto dizem muito. Dizer que a ex-secretaria da Receita Federal passou o dia no hotel é diferente de dizer que ela ficou confinada no mesmo hotel. Assim como dizer que o presidente não respondeu é diferente de dizer que ele desconversou. Claro como dois mais dois são quatro (matemática para os leigos, eu curto). Mais "fantástico" ainda foi ouvir gente falando "se ele desconversou, ele desconversou e ponto", como se essa palavra não tivesse uma conotação diferenciada e ardil. Assim caminha a humanidade, já dizia o "ilustre" Lulu Santos. Findada a burocracia. Que venha os sentimentos que afloram no coração dos apaixonados! (Haha) Num papo cabeça sobre o que eu era há quatro ou cinco anos e o que sou hoje, percebi que, como Lina, eu passei dias confinada. Quiçá (que palavra cult!) anos. Bem, nessa conversa reflexiva — que deveria ultrapassar quinze minutos, mas se estendeu por noventa e quatro — via msn, cheguei ao auge da minha criatividade: amar, desamar, desarmar e amar de novo. Profundo não? Talvez. De qualquer forma, minutos depois, refletindo sobre a minha "obra", pensei: Porra, por que diabos desamar? Ou seja, já não concordo com a minha criação. Que bom! Afinal, pra quê desamar? Ninguém pediu isso. Pediu? Então que o amor continue (!). Até porque... Quem disse que é possível desamar? E... quem disse que amor existe? Há quem duvide. Que papo de bêbado! Voltando ao raciocínio... Pode-se amar, ninguém proibiu isso. O que talvez não se possa é "efetivar" esse sentimento. Amar todo mundo pode. Decretei! E, como disse, certa vez, uma amiga, um amor não anula o outro e blá-blá-blá, mas isso já é assunto para outro post.

3 comentários:

Mai Melo disse...

se amar for possível, desamar é imposssível na minha concepção.
: )

no mais, eu não acho o lead tão escraboso, uma vez que poderemos ("quando tivermos cacife") deixá-lo de lado por algo mais incomum.
quanto à conotação da matéria, era tendeciosa e as palavras eram, sim, um tanto pejorativas. e aí entramos na imparcialidade que também me lembra antigas palavras assuntos de outras conversas.

um grande beijo, gabis!

rodrigo martins disse...

há, pra mim, vários amores. e muitos sentimentos bem próximos. outros distantes. e alguns tão distantes que uns chamam desamar. ou esquecer. mas vem tudo do mesmo canto. vai tudo pro mesmo rio. e o verbo que importa é deixar. e isso não se controla.

rodrigo martins disse...

tomei a liberdade: http://ensaiosobreonada.blogspot.com/2009/08/ela-so-queria-viver-sorrisos-pular-os.html