Quando eu era criança e meus pais ainda estavam casados, morávamos numa casa pequena, que eu odiava. O meu ódio pela casa não era por causa do seu tamanho, claro, mas pelo que ela representava para mim: as brigas conjugais dos meus pais. Eu tinha pesadelos todas as noites com aquele lugar e vivia chorando sem algum motivo aparente, hoje até desconfio que tive depressão.
A vizinhança também não era das melhores. Seu Calixto, vizinho que morava na casa do lado direito da nossa, criava vários animais, como porcos, galinhas e cachorros e cultivava várias frutas, se achava o granjeiro, mas a casa tava mais para chiqueiro. Eu e meu irmão não gostávamos dele, pois todo o cheiro dos estercos desses bichos iam para a nossa casa; meus pais, entretanto, eram bastantes amigos do velho, a que, inclusive, chamávamos secretamente de Arraes, por parecer com o político. Do lado esquerdo, havia uma casa verde-escura na qual morava uma mulher de meia-idade muito mal-humorada que não gostava de mim por volta e meia eu roubar uma rosa da sua roseira para presentear a minha avó materna. Nessa época, eu era bastante apegada a ela.
Alguns dias, contudo, eram felizes nesse lugar. Um que recordo bem foi quando um grande maracujá — cujo pé ficava no muro entre a minha casa e a de seu Calixto — caiu no meu quintal. Eu e meu irmão estávamos “paquerando” aquele maracujá há alguns dias, mas nossa mãe impedia-nos de pegá-lo, pois o vizinho poderia perceber e ficar chateado. Até que um dia, sem que tivéssemos nos esforçado para isso, o maracujá, que já estava pendendo para o nosso lado, caiu no chão no momento em que eu brincava no quintal com o meu irmão. Corremos, então, felizes ao seu encontro e entregamos a fruta a Mainha para que fizesse um bom suco de maracujá, do qual ela já havia falado muito bem.
Foi o meu primeiro suco de maracujá. E estava delicioso.
Alguns dias, contudo, eram felizes nesse lugar. Um que recordo bem foi quando um grande maracujá — cujo pé ficava no muro entre a minha casa e a de seu Calixto — caiu no meu quintal. Eu e meu irmão estávamos “paquerando” aquele maracujá há alguns dias, mas nossa mãe impedia-nos de pegá-lo, pois o vizinho poderia perceber e ficar chateado. Até que um dia, sem que tivéssemos nos esforçado para isso, o maracujá, que já estava pendendo para o nosso lado, caiu no chão no momento em que eu brincava no quintal com o meu irmão. Corremos, então, felizes ao seu encontro e entregamos a fruta a Mainha para que fizesse um bom suco de maracujá, do qual ela já havia falado muito bem.
Foi o meu primeiro suco de maracujá. E estava delicioso.
5 comentários:
O primeiro suco agente nunca esquece... ;)
Engraçado que o título da postagem ia ser algo assim como esse teu comentário, Lolly.
Poxa, esqueci o híbrido que eu tinha feito pra tu colocar no título. Uma pena, estava sensacional. haha
No mais, comecei a tomar suco de maracujá no dia em que, na Feira Japonesa, estava sem um tostão no bolso e morrendo (assim, morrendo mesmo) de sede. Aí tinha um desses Clight, Tang e derivados dando suco de maracujá de graça. A loira lá só faltou dar em mim tentando fazer eu parar de tomar suco. haahaha
Abraços,
Diogo.
Minha mãe sempre dizia que Tang é tinta pura.
Tang é tang. O resto é resto.
Tautologia ftw!!
Abraços,
Diogo.
Postar um comentário