La Stampa publicou a notícia da prisão do banqueiro, capa, inclusive, dos semanários brasileiros mais lidos do país, mas errou na foto, exibindo, erroneamente, a foto do ator Daniel Dantas, que atualmente atua na novela global Ciranda de Pedra. A confusão foi comentada pelo colunista Ancelmo Gois, em coluna no jornal O Globo, também publicada no JC de hoje.
Quem ler o mesmo jornal, perceberá gafe semelhante no caderno cultural do JC, quando se refere à Miss Universo eleita no último domingo, a venezuelana Dayana Mendoza, e publica foto da vice, a colombiana Taliana Vargas.
Claro que a proporção do equívoco é bem menor que a cometida pelo jornal italiano, mas fica a crítica e o clamor por maior apuração.
*Novamente, créditos a Ana Gabriela López, pela disposição em ajudar.
6 comentários:
I say YES!
No mais, esse post traz mais o problema da apuração do que ele mesmo pensa. Não só a falta de apuração do La Stampa com relação ao caso do banqueiro, Dantas; não só a do JC com relação ao Miss Universo. Mas a de todos os jornais locais com relação à falta de capacidade de produção de conteúdo próprio. Não condeno exatamente esse caso do JC, afinal é uma coluna e tal, mas uso-o como gancho para comentar: a falta de apuração nos nossos jornais locais é tão grande que às vezes chega à nulidade. Por isso, mais e mais vezes vemos "da Agência Mimimi", "da redação de tal outro jornal". Facilmente se faz um jornal nacional hoje. Tudo na base do ctrl + c ctrl + v. =\\\
Abraços,
Diogo.
A crítica não se destina, necessariamente, apenas ao Jornal do Commércio (PE) ou ao La Stampa (Itália), pois o clamor pela apuração não se restringe a esses dois veículos. É sabida a escassez da prática jornalística mais importante, a apuração, na época vigente, a crítica , então, destina-se a toda e qualquer mídia que publica sem compromisso com a verdade, interessada em, tão-somente, conseguir público por prometer a notícia "instantânea". Ontem mesmo estava assistindo ao Observatório da Imprensa, a discussão em pauta era, basicamente, até que ponto a impressa pode "se meter" nas investigações de órgãos como a Polícia Federal. Um deputado, que não lembro o nome, disse que era bastante legítimo; Alberto Dines, no entanto, retrucou, refletindo quanto à apuração dessas notícias, que são conseguidas através de "furos" e nem sempre se confirmam. O avanço do jornalismo na internet tende a agravar essa situação, acredito, afinal na briga por maior "audiência", sites publicaram até mesmo a ante-notícia para conseguir leitores, na falácia propaganda de "notícias quentíssimas". Após ouvir Lourival Sant'Anna, do Estadão, em ocasião do lançamento de seu livro O Destino dos Jornais, que aborda o tema do "boom" jornalístico na rede, não tive mais sossego, acredito que Diogo também não, pois a prática de apuração parece que ficará cada vez mais na teoria.
Horrível...
Mídia inteligente, né?
KKKKKKK!!
esses jornais aí: pés no teto e mão no chão.
Não há muito o que acrescentar ao já citado por Dio e Gabi. A mídia está cada vez menos analítica e comprometida em apurar os dados que divulga, embora não necessitemos de quatro anos cursando uma faculdade para entendermos que a investigação é um dos principais passos na execução de uma matéria. Por fim, o último comentário é uma síntese perfeita da imprensa contemporânea: jornais de ponta-cabeça e notícias incompletas.
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