sábado, 12 de janeiro de 2008

Garantia do fim da violência!?

Hoje, recebi um e-mail que comentava a reunião acorrida no Palácio das Princesas, a qual lançou oficialmente o Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania) em Pernambuco.O programa tem o objetivo de conseguir uma maior participação das prefeituras do Estado no combate à violência. A cerimônia contou com a presença do polêmico Newton Carneiro, prefeito de Jaboatão dos Guararapes, que expôs dois projetos acerca do tema. Um deles foi a criação de uma secretaria municipal de segurança. O outro, um cemitério exclusivo para bandidos. Havia, ainda, no e-mail, uma entrevista com o autor dos projetos, em que ele explicava a finalidade e importância do cemitério. Desconhecendo a alcunha de louco atribuída por muitos a Newton Carneiro, iludi-me ao pensar que leria não a solução, mas, ao menos, uma medida plausível a fim de realmente diminuir/acabar com a violência. No decorrer da leitura percebi que a intenção do prefeito não é reduzir a criminalidade do Estado, mas tão-somente diminuir os índices de violência em Jaboatão, através do desvio de crimes para as cidades vizinhas, numa atitude puramente eleitoreira. Os meios para alcançar tal meta são ainda mais medonhos, visto que a justificativa é, no mínimo, ingênua (“Bandido tem medo de cemitério, de caixão de defunto!”). Após algumas gargalhadas momentâneas, surgiu a séria preocupação com o futuro do país. Posteriormente, busquei informações a respeito do inusitado prefeito, sem grande dificuldades descobri que ele foi acusado pelo Ministério Público por IMPROBIDADE. Como o próprio Newton Carneiro diz em http://acertodecontas.blog.br/entrevistas/vou-derrotar-doutor-infraero-e-doutor-dancarina/ (vale a pena conferir), que o povo não entende o que é gay, fui em busca de uma explicação sucinta a respeito do termo jurídico (“Improbidade, regra geral, é toda ação ou omissão desonesta do empregado, que revelam desonestidade, abuso de confiança, fraude ou má-fé, visando a uma vantagem para si ou para outrem. Ex.: furto, adulteração de documentos pessoais ou pertencentes ao empregador, etc.”) para que ninguém deixe de entender a gravidade da acusação. Enfim, é com completa desconfiança na redução da violência e com tamanha perplexidade ao "conhecer" tal figura que deixo aqui a entrevista recebida por e-mail (*não tenho as fontes da entrevista, mas deixo claro que tal genialidade do cemitério não é segredo para ninguém.):
- O senhor quer fazer um cemitério?
NEWTON CARNEIRO - Um cemitério pra bandido. Um cemitério especial para sepultar unicamente bandidos e criminosos de toda a espécie.
- E por que um cemitério tão específico assim?
CARNEIRO - Jaboatão tem um milhão e duzentos mil habitantes. De algum tempo pra cá, a violência lá (Jaboatão) aumentou mais do que no Recife. Venho observando que de 30 dias pra cá houve um colapso na Segurança Pública no Grande Recife. Dá pra entender que está havendo uma greve clandestina subterrânea que o governador não sabe.
- E o senhor acha que esse cemitério vai ajudar?
CARNEIRO - Pelo menos espanta os bandidos de lá e eles vão atuar em Olinda, Paulista, no Recife, porque aqui os prefeitos não têm coragem de fazer isso.
- O senhor acha que os bandidos, ao saber que tem um cemitério para eles em Jaboatão, vão fugir?
CARNEIRO - Bandido tem medo de cemitério, de caixão de defunto! Nós vamos inovar um pouco. Vamos enterrar eles normal, horizontal, são 80 centímetros por dois metros. Vai ser enterrado num saco de pano!
- Num saco de pano?
CARNEIRO - Porque com um ano e meio depois nos recolhemos os ossos todinhos pra tocar fogo!"

4 comentários:

Anônimo disse...

newton, volta pro mani. que mani? manicomio.

HAHAHA

Anônimo disse...

Longe de ser bom...
Perto de ser um "louco"
Porém, muito sincero!

Anônimo disse...

Cemitério pra bandido?!

Sabe que é uma idéia maluca, mas dá o que pensar...

Em certas cidades, o outro vai ficar sem movimento... rs!


Gostei muito do teu texto anterior, sobre as tuas andanças.



Abraços, flores, estrelas..

Son disse...

Olá, obrigado pela visita.

E sobre a questão da violência, só se corta o mal pela raiz.

Abraços