Levantei da mesa e chamei Bruno para passear comigo. Ele jogou-se nos meus braços, para que eu ajudasse-o a descer da cadeira. Assim, segurei firme a sua mão e disse "vamos?". Passo a passo percorremos todo o restaurante, observando cada detalhe do lugar e, volta e meia, rindo um para o outro. Pés gordinhos e dentes, que de tão pequenos, se escondem e só são perceptíveis nas grandes gargalhadas. Ele parecia meio bêbado, andava cambaleando, mas eu — com zelo — protegia-o do chão. Parávamos quando ele achava por bem paquerar um pouco as meninas do saguão, depois retomávamos a caminhada, atrapalhando os garçons e alegrando nosso pai pela nossa união. Já sabia que Bruno estava andando — começou há alguns dias —, mas ainda não tinha visto, nem tampouco passeado com ele, segurando a sua mãozinha. Tinha esquecido como tudo é especial e incrivelmente lindo quando se está ao lado de uma criança. No fim do dia, Bruno riu para mim o seu sorriso mais bonito, mostrando os seus dentinhos, que, de tão pequenos, são quase imperceptíveis.
Um comentário:
linda a crônica e lindo o Bruno. estava com saudades de passar por aqui.
:*
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