Ontem, depois de postar, não consegui dormir com facilidade. Na cama, fiquei refletindo se, ao fazer referência ao filme Meu Primeiro Amor, eu não estaria confundindo amor e paixão. Bem, ouvi a "lição" (Uma paixão não anula a outra) quando me explicavam que estar apaixonada por X, não impede uma paixão por Y. Não sei se concordo com tal pensamento, mas ele chamou a minha atenção por seu caráter simultâneo, que, quase sempre, é proibido nos relacionamentos. Destacando, falou-se em paixão e não em amor, em momento nenhum a palavra "amor" foi mencionada.
Ao escrever o post anterior, eu meio que disvirtuei o sentido original da "lição". Para mim, ainda que Vada Sultenfuss (a garota do filme) apaixone-se por outro garoto durante a sua vida, sua paixão por Tomas (Macaulay Culkin), jamais será anulada, de forma que ela nunca o esquecerá. Posteriormente, atinei-me para o fato de que, como diz o próprio nome do filme (Meu Primeiro Amor), não se fala em paixão. Nesse momento, embolei-me na cama e perdi o sono tentando descobrir o limiar entre tais sentimentos.
Assim, lembrei do outro Tomas, personagem do livro A Insustentável Leveza do Ser (que ainda não terminei), e questionei-me se ele realmente ama Tereza, já que a trai com outras mulheres. Ele justifica-se com o fato de que nenhuma delas ameaça a posição que Tereza ocupa em sua vida. E, por isso, Milan Kundera escreveu, em "defesa" de Tomas:
Ao escrever o post anterior, eu meio que disvirtuei o sentido original da "lição". Para mim, ainda que Vada Sultenfuss (a garota do filme) apaixone-se por outro garoto durante a sua vida, sua paixão por Tomas (Macaulay Culkin), jamais será anulada, de forma que ela nunca o esquecerá. Posteriormente, atinei-me para o fato de que, como diz o próprio nome do filme (Meu Primeiro Amor), não se fala em paixão. Nesse momento, embolei-me na cama e perdi o sono tentando descobrir o limiar entre tais sentimentos.
Assim, lembrei do outro Tomas, personagem do livro A Insustentável Leveza do Ser (que ainda não terminei), e questionei-me se ele realmente ama Tereza, já que a trai com outras mulheres. Ele justifica-se com o fato de que nenhuma delas ameaça a posição que Tereza ocupa em sua vida. E, por isso, Milan Kundera escreveu, em "defesa" de Tomas:
Tomas pensava: deitar com uma mulher e dormir com ela, eis duas paixões não somente diferentes mas quase contraditórias. O amor não se manifesta pelo desejo de fazer amor (esse desejo se aplica a uma série inumerável de mulheres), mas pelo desejo do sono compartilhado (este desejo diz respeito a uma só mulher).É possível trair alguém que se ama? Para alguns, a fidelidade nem sequer existe; outros acham que amor é uma utopia. A partir de quando um gesto ou uma palavra é (ou pode ser considerado) uma traição? Afinal, o que é o amor e como a paixão o influencia?
P.S.: Estou meio sentimentalóide, acho que a culpa é de A Insustentável Leveza do Ser.
4 comentários:
Às vezes as pessoas se bastam uma a outra, às vezes não. No segundo caso, fico com as palavras de Raul quando diz que "além de dois existem mais."
Beijo, Gabi.
Conheço essas divagações de gabi sobre a possibilidade de amar, gostar, querer (ou seja lá o que for) mais de uma pessoa simultaneamente. Que se passa Gabi?
Abraço.
Lá vem tu com teus conhecimentos sobre mim. Não divulga não, po. ajdaskljdklasdjasjdalksjdlkas
Abraços,
Gabriela.
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