Durante grande parte da minha infância, morei com os meus avôs em uma casa de quintal grande e repleta de árvores e plantas frutíferas, que sempre me chamaram atenção. No jardim da casa, junto ao muro que dava para a rua e na beira de um pequeno espelho d'água, havia — na verdade, ainda há — uma robusta mangueira que produzia deliciosas mangas rosas.
Em épocas de safras de manga, "sofríamos" com os vizinhos e desconhecidos que, invariavelmente, tocavam a nossa campainha para pedir alguns daqueles frutos. Certa vez, inclusive, acordei com o barulho de uma pedrada na janela do quarto jogada por garotos que tentavam acertar as mangas e levá-las. Em geral, tirávamos as frutas da árvore antes mesmo delas ficarem completamente maduras para evitar situações como esta e, principalmente, para não deixar que elas caíssem no laguinho, pois se isso acontecesse iríamos perdê-las.
Eu e meu irmão, às vezes, escalávamos o tronco daquela árvore para ver o que acontecia por trás daquele imenso muro. Lembro-me do dia em que nós estávamos pendurados nos galhos da mangueira, observando o movimento da rua, e fomos surpreendidos pela sirene da polícia que passava naquele momento. Assustada com o barulho e imaginando muitas bobagens, comecei a chorar e, num (raro) gesto de fraternidade, meu irmão prontificou-se a me defender de qualquer mal que pudesse ocorrer.
Muito tempo depois — quando eu já nem era mais uma criança e estava prestes a me mudar daquela casa —, resolvi, mesmo contrariando vovó, relembrar como era subir na mangueira. Já em cima da árvore, observando as pessoas passarem na rua, ouvi a voz da minha avó, temendo receber uma reclamação, desci e tentei correr para dentro da casa, mas caí no laguinho. Ensopada de água, foi difícil esconder de vovó que a desobedeci, levei uma bronca, mas a aventura valeu a pena, foi a última vez que subi naquela árvore.
Em épocas de safras de manga, "sofríamos" com os vizinhos e desconhecidos que, invariavelmente, tocavam a nossa campainha para pedir alguns daqueles frutos. Certa vez, inclusive, acordei com o barulho de uma pedrada na janela do quarto jogada por garotos que tentavam acertar as mangas e levá-las. Em geral, tirávamos as frutas da árvore antes mesmo delas ficarem completamente maduras para evitar situações como esta e, principalmente, para não deixar que elas caíssem no laguinho, pois se isso acontecesse iríamos perdê-las.
Eu e meu irmão, às vezes, escalávamos o tronco daquela árvore para ver o que acontecia por trás daquele imenso muro. Lembro-me do dia em que nós estávamos pendurados nos galhos da mangueira, observando o movimento da rua, e fomos surpreendidos pela sirene da polícia que passava naquele momento. Assustada com o barulho e imaginando muitas bobagens, comecei a chorar e, num (raro) gesto de fraternidade, meu irmão prontificou-se a me defender de qualquer mal que pudesse ocorrer.
Muito tempo depois — quando eu já nem era mais uma criança e estava prestes a me mudar daquela casa —, resolvi, mesmo contrariando vovó, relembrar como era subir na mangueira. Já em cima da árvore, observando as pessoas passarem na rua, ouvi a voz da minha avó, temendo receber uma reclamação, desci e tentei correr para dentro da casa, mas caí no laguinho. Ensopada de água, foi difícil esconder de vovó que a desobedeci, levei uma bronca, mas a aventura valeu a pena, foi a última vez que subi naquela árvore.
4 comentários:
uaisheiausheiauhse
caiu no laguinhow !!!
caiu no laguinhow !!!
caiu no laguinhow !!!
=P
Esse texto deixa algo bom.
eu também subia em árvores quando criança... adorava sentir o friozinho de medo na barriga. :D
É tão bom ler lembranças felizes ^^
Postar um comentário