Dando continuidade ao tema da postagem passada, amor, compartilho aqui um poema de Ernesto Cardenal, poeta nicaragüense. Eu sou bastante leiga (e um tanto desinteressada) no âmbito poético - tanto que "conheci" Cardenal através de um bloquinho de notas de uma tia há algum tempo (anos!) - mas gostei dos versos, ainda que contenha um tom pedante de "meu amor é o melhor", por eles encaixarem-se bem na minha fase de "João amava Teresa que amava Raimundo..." Posto-os agora sem algum motivo especial, apenas por ter lembrado do poema esses dias e por ele aludir a um amor fracassado, tônica da postagem anterior, a qual me reporto.
Epigramas
Ernesto Cardenal
Ao perder-te eu a ti, tu e eu perdemos:
Eu, porque tu eras o que eu mais amava
e tu porque eu era o que te amava mais.
Mas de nós dois tu perdes mais que eu:
porque eu poderei amar a outras como te amava a ti,
mas a ti não te amarão como te amava eu.
Ernesto Cardenal
Ao perder-te eu a ti, tu e eu perdemos:
Eu, porque tu eras o que eu mais amava
e tu porque eu era o que te amava mais.
Mas de nós dois tu perdes mais que eu:
porque eu poderei amar a outras como te amava a ti,
mas a ti não te amarão como te amava eu.
2 comentários:
Putz, belíssimo. Não sou muito afeito a poesia, mas essa tem um esplendor maravilhoso. Forte, decidida e soberba. O poeta atacou o leitor, e o leitor, figura diminuta, só pôde contemplar, baixar a cabeça e pensar. Nem falar.
Abraços,
Diogo.
Foide doer lá dentro do hipotálamo...
;*
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