quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Nota sobre o Vaticano - II

"O filósofo Antonio Gramsci (foto ao lado), fundador do Partido Comunista italiano, encontrou a fé antes de sua morte em 1937, afirmou nesta terça-feira um prelado do Vaticano, dando um caráter oficial a velhos rumores que circulam na Itália onde Gramsci goza de um grande prestígio intelectual e moral."
A influência de Gramsci ultrapassou as fronteiras da Itália e da Europa dos anos 30. Até hoje, é citado nos meios acadêmicos e por ativistas políticos que não precisam ser comunistas necessariamente. Suas reflexões são sobre o papel dos intelectuais e de suas idéias na mobilização social e política; versam também sobre a hegemonia cultural como um meio de manipulação do Estado capitalista; e foi responsável por ampliar o conceito marxista de Estado, incluindo aspectos da cultura nas análises.
Preso pelo regime de Mussolini, quando solto, estava extremamente debilitado. Fundador do PC italiano e ateu (isso é quase uma redundância), soube-se hoje, que antes de morrer recebeu os sacramentos da Igreja Católica Romana, e morreu segurando uma foto de Santa Teresa e do Menino Jesus.
Obs.: Também vi uma matéria sobre isso no Jornal da Globo, e lá eles acabam a matéria da seguinte maneira. Falam sobre o binômio sempre seguido por Gramsci (IDÉIA & AÇÃO), ou seja, sua correção em suas atitudes. Com essa história de um ateu, no fim da vida ter abraçado a igreja, o jornal nos diz: "Se Gramsci redescobriu a fé católica, para o que não há confirmação em documentos, não seria uma contradição. A força das idéias da Igreja durou mais que a do comunismo." Desnecessário este comentário final.

2 comentários:

Son disse...

Será que antes de morrer, eu também pedirei perdão?

Santiago. disse...

acho q eu precisarei pedir perdão. mas vou dar uma de esperto, igual ao gramsci. só me redimo no leito de morte, pra que ter impedimentos p curtir a vida do jeito q se qr?