terça-feira, 2 de setembro de 2008

Arnaldo

Sem nostalgia, começarei esse texto contando algumas memórias. Há mais de oito anos, meu tio preparava-se para o dia que mudaria radicalmente a sua vida, depois do Pedido de Casamento, era a hora de oficializar os laços matrimoniais.
Lembro que na véspera do grande dia, contrariando a idéia que as crianças são levadas a ter, através das novelas da Globo, sobre "despedida de solteiro", meu tio passou o dia em casa. Pode-se dizer que a tal festa ocorreu, mas de forma bem diversa da "tradicional". Nós, sobrinhos, fizemos companhia ao noivo durante toda a tarde, ao som de Titãs, quando era a anárquica banda de outrora, claro.
Recordo de ter ouvido e cantado, ainda que não soubesse as letras, as várias músicas do vinil Cabeça Dinossauro. Na época, sem qualquer dicernimento, não entendemos as entrelinhas das canções, como "homem primata, capitalismo selvagem, ô ô ô", mas o som garantia os nossos pulos na cama. Uma das tarde mais vivas na minha memória, o dia em que fui apresentada à rebeldia daqueles jovens e, indiretamente, a Arnaldo Antunes.

*Hoje é aniversário de Arnaldo Antunes.

2 comentários:

Rite disse...

Já não sinto amor, nem dor, já não sinto nada.

Dio disse...

Parabéns, Arnaldão. hsihas

Abraços,
Diogo.