terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Dando um tempo

Estou dando um tempo deste blog.

Há quem diga que "quem dar tempo é relógio". Seguindo essa idéia, muitos acreditam que quando o companheiro profere o famoso "vamos dar um tempo" o relacionamento não tem volta. Para eles, essa singela frase é o mesmo que um valeu, foi bom, adeus (HAHA), com a diferença de ser em doses homeopáticas; quase que um aviso prévio para o "foi bom enquanto durou" que virá logo mais (ou menos!). Considerando que cada caso tem sua especificidade, não quero dizer que o meu "tempo" é um fim como costuma acontecer nos relacionamentos , mas também não estou disposta a garantir um retorno.

That's all folks!

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Aquela italiana que faz vestidos*

"Quando o vento arranca o chapéu da sua cabeça e o faz voar cada vez mais longe, é preciso correr mais rápido que o vento para alcançá-lo. Eu sempre soube que para construir mais solidamente, às vezes somos obrigados a destruir, a fim de estabelecer uma nova elegância para as maneiras brutais da vida moderna."
Elsa Schiaparelli


Com tanto burburinho acerca de Gabrielle Bonheur Chanel devido aos cem anos da França no Brasil e, mais ainda, por causa do lançamento do filme Coco avant Chanel (Coco antes de Chanel) , este post soará implicante, pois discorre sobre Elsa Schiaparelli, grande rival da estilista francesa. Nunca é demais falar sobre Coco Chanel, ícone da moda do século XX e, sem dúvida, o mais conhecido nome do estilismo até os dias de hoje. Certamente, esses "títulos" foram a razão para o argumento do filme e a força motriz para sua bilheteria. Antes de ser a famosa estilista que ditou moda dos seus modelos ao próprio corte de cabelo , ela era apenas Gabrielle, uma costureira e cantora de cabaré que perdeu os pais enquanto ainda era criança. Coco avant Chanel conta, em detalhes, toda a vida pré-fama dessa madeimoselle, talvez por isso algumas pessoas não tenham saído satisfeitas do cinema. Quem achava que, por meio do filme, entenderia por que essa mulher influenciou fortemente a moda, de fato, não atingiu o objetivo. Mas, como disse o jornal The Washington Times, "Se você sai do cinema decepcionado porque o filme não mostra quase nenhum dos projetos brilhantes que tornou famosa sua personagem principal, não se pode dizer que não foi avisado, já que o título é, afinal, 'Coco Antes de Chanel'".

Não tão renomada quanto a rival, Elsa Schiaparelli não foi menos importante. Grande estilista italiana, ela foi responsável por uma verdadeira revolução estética, que fundiu arte e moda. Amiga de vanguardistas como Salvador Dali e Marcel Duchamp, Schiaparelli introduziu conceitos do surrealismo e do cubismo em suas peças, criando modelos, no mínimo, ousados e irreverentes. Diferentemente de Coco Chanel, que criava um vestuário mais contido e funcional, símbolo da mulher moderna, Schiaparelli investia em modelos exóticos. Criadas em parceria com Salvador Dali, suas peças tinham forte influência surrealista e causaram grande polêmica na Europa do entre guerras. A rivalidade e o intriga entre essas duas mulheres era, basicamente, fruto dessa discrepância de perspectiva da moda. Como não se escandalizar os modelos de Schiaparelli? Eu não consegui. Hoje cedo, em conversa com minha tia sobre história da moda, conheci a extravagância e genialidade dessa estilista. Soube, inclusive, que devemos a ela a cor rosa-choque ou rosa-shocking. Abaixo seguem algumas fotos que, de tão "surrealistas", fizeram-me escrever acerca dessa mulher.

Chapéu em formato de sapato.

Vestido com desenho de lagosta.


*Xingamento de Coco Chanel a Elsa Schiaparelli, que revidava referindo-se a Chanel como "a monótona e insignificante provinciana".

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Fui à China-na

"Espere o melhor, prepare-se para o pior e aceite o que vier."
Provérbio Chinês


*Créditos a Davi Barbosa, sempre paciente.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Xau, 2009

Cara, ainda bem que o ano está acabando Nesses vinte e um anos, não me recordo de ter vivido dias tão tristes. Logo nos primeiros meses, uma grande dor no meu coração; a pessoa que eu mais amei na vida disse que seu amor chegara ao fim. E, mesmo sem querer, precisei dizer adeus aos meus sonhos e seguir. Cada fluxo de memória doía imensamente. Desta forma, ainda que pareça extremamente piegas, eu só pedia para que fosse possível fazer o mesmo tratamento ao qual Clementine foi submetida. Posteriormente, quando achei que as lágrimas haviam cessado, o fel da decepção. Inerte, pensei, por dias, que não podia confiar em ninguém e, de novo, chorei. Metade do ano foi riscada do calendário. Assim, resolvi seguir em frente e disfarçar a tristeza; a mágoa havia passado, mas a dor não. Durante esses últimos meses, tentei provar para mim mesma que posso amar outras pessoas. Nada, contudo, brotou no meu coração. Para piorar, cruzei com pessoas frívolas que, seguramente, não valorizariam quaisquer dos meus sentimentos. Por isso e por vezes, embriaguei-me para fingir felicidade, mentindo para mim mesma sobre o significado da alegria. Risos e gargalhadas não faltavam, mas bastava uma noite de sono para que eu percebesse o quão volátil era tudo aquilo. No dia seguinte, qual não era a minha decepção ao me olhar no espelho e não me reconhecer? Papai Noel, dias melhores.